domingo, 9 de outubro de 2011

NOVOS NOVOS ENCONTROS DO FÓRUM EMPRESARIAL RIO+20

O FÓRUM EMPRESARIAL RIO+20, realizado pelo Instituto Eventos Ambientais se reunirá nos próximos meses em seus novos Núcleos Regionais, onde serão debatidos os modelos de documentos e sugestões que serão encaminhados à RIO+20. )
O Fórum também aceita contribuições pela internet, basta acessar aqui o site do FORUM DIGITAL e escolher a melhor versão do documento final.

Estão previstas reuniões para as seguintes cidades:

São Pedro Da Aldeia
Niterói
Queimados
Duque de Caxias
Nova Friburgo

Maiores detalhes no site do FORUM EMPRESARIAL RIO+20.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

LANÇAMENTO DO PROJETO MUDA RIO

O INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA,  nesta Terça Feira ( 07.06.2011), das 08:00 às 19:00h,  no Hall do Edifício Argentina, no Centro Empresarial Rio – CER, ( Praia de Botafogo nº 228 – Botafogo)  será lançada o projeto “MUDA RIO”.  Trata-se de um projeto inovador, onde cidadãos receberão mudas de plantas nativas da mata atlântica, serão cadastrados e assinarão Termo de Responsabilidade sobre a muda recém adquirida.
O proprietário da muda, a partir da aquisição, será orientado a acompanhar o seu crescimento, e em contrapartida, também acompanhará o seu crescimento interior. A idéia de “MUDA”, também se transfere para o universo pessoal do proprietário.  Sob a orientação de técnicas da Pedagogia do Olhar, de Rubem Alves, e ainda através da aplicação de métodos de sensopercepção, o proprietário da muda dará início a um processo empírico de modificação de atitudes, pensamentos, ações e todas sa demais tarefas que envolvam o seu dia a dia.
Após 180 dias,  o Proprietário levará a muda para o plantio em uma área degradada da cidade, onde haverá o registro e cadastramento do local de plantio, para acompanhamento através da internet.
Seja um parceiro,  venha receber sua MUDA gratuitamente, e MUDE!
CAMPANHA MUDA RIO!
INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA

CAMPANHA QUEM DESMATA, MATA

O INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA , vem a público lançar sua campanha em repúdio  ao Projeto de Lei da Câmara nº PLC 30/2011, que promove alterações no Código Florestal Brasileiro (Lei nº 4.771/65), permitindo maior ocorrência de desmatamento e destruição das florestas de pé brasileiras.
Entendemos que tal ato vai de encontro ao equilíbrio natural do Planeta, podendo, inclusive interferir no clima global e na ocorrência de chuvas, fato que poderá ocasionar graves danos à biodiversidade e aos ecossistemas naturais.
Diante desta situação,  lançaremos hoje ( 07.06.2011) a campanha “QUEM DESMATA, MATA!” ,  que pretende reduzir o desmatamento das florestas brasileiras  mediante um clamor público,  e o exercício de um direito constitucional, até que se possa atingir o equilíbrio e a boa e racional utilização dos recursos naturais e florestais brasileiros.
Defendemos, ainda, a prática do Manejo Florestal Sustentado, com o manifesto compromisso de ações de reflorestamento, com condições de promover o equilíbrio natural dos ecossistemas florestais.
Portanto,  lançamos nosso abaixo assinado na rede mundial de computadores.
Se você é favorável às florestas de Pé, e não concorda com o Projeto de novo Código Florestal, assine aqui:

E  lembre-se:       QUEM DESMATA,  MATA!


domingo, 26 de junho de 2011

LANÇAMENTO OFICIAL DO FÓRUM EMPRESARIAL RIO + 20

LANÇAMENTO OFICIAL DO FÓRUM EMPRESARIAL RIO + 20
“Debatendo a Economia Verde e a Possibilidade de um novo desenho Institucional para tratar de Desenvolvimento Sustentável”
20 Anos de Luta pelo Meio Ambiente
O Mundo não poderia ter cenário mais inspirador do que a Cidade do Rio de Janeiro para discutir o Futuro que queremos para o nosso Planeta.
Diante desta natureza exuberante, percebemos que é Possível Sim encontrar Soluções para uma vida harmoniosa do Homem com o Meio em que ele Vive.
Este encontro vai reunir, no próximo semestre de 2012, chefes de Estados do Mundo Inteiro para fazer um balanço do que foi realizado, nos últimos 20 anos, em respeito ao Meio Ambiente e para o Desenvolvimento Social.
Visa estabelecer compromissos de Conservação Ambiental pela Economia Sustentável e também estabelecer metas globais de Respeito ao Meio Ambiente.
Objetivos:
  • Reunir diversos membros do setor empresarial com o intuito de se promover um amplo debate sobre os temas que serão abordados na RIO+20, com ênfase à economia verde, suas práticas e resultados.
  • Promover um amplo debate  em grupos de trabalho, durante 05 encontros que antecederão a RIO+20, sobre a idéia conceitual de economia verde, avaliar as ações já desenvolvidas e compromissos firmados.
  • Redigir uma documento oficial, consistente em uma carta de recomendações do Fórum Empresarial RIO+20 destinada  a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – UNCSD- Rio + 20.
Público Alvo
Empresas, Indústrias, Sociedades Anônimas, Associações Comerciais, Industriais e Empresariais, Instituições Governamentais, Setor empresarial – Sociedade Civil – Profissionais da área Ambiental, Técnicos, Especialistas, Gestores Ambientais, Peritos, Auditores, profissionais de Relações Internacionais, Federações, Associações de Indústrias, Clubes de Diretores Lojistas.
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PROGRAMAÇÃO 1º Dia 
 28.06.2011 – Terça Feira
08:00Welcome Coffee e Credenciamento
08:30  - Mesa de Abertura  ( a confirmar)
Eduardo Paes  - Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro  ( a confirmar)
Sergio Cabral -  Governador do Estado do Rio de Janeiro ( a confirmar)
Carlos Minc - Secretário Estadual do Ambiente ( a confirmar)
Marilene Ramos  - Presidente do Inea  ( a confirmar)
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira -  Presidente da FIRJAN
Francisco Carrera - Coordenador Geral do Fórum Empresarial RIO+20
Cesar Augusto Maia - Cônsul Honorário da República de Benin no Rio de Janeiro
09:30h às 10:00h - A UNCSD – 2012 ( RIO+20) e a Economia Verde – Apresentação das Discussões e Temas da Conferência
Palestrante: Francisco Carrera  Consultor Jurídico do INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA
10:00h às 10:30h - Mudanças Climáticas  e Ações Governamentais – Uma Análise            da  Proposta Economia Verde. 
Palestrante: Deputada Estadual Aspásia Camargo - ALERJ
10:30h às  11:00h -  Ações Preparatórias do Brasil para a RIO+20
 Palestrante: Suzana Kahn  - Sub Secretária de Economia  Verde do Estado do Rio de Janeiro
11:00h – 11:15h -– Coffee break
11:15  às 11:30h -   Intervalo Ambiental Participação especial com o palestrante motivacional Tony Lourenço
11:30h às 12:00h - Vigilância Sanitária,  indústria farmacêutica e Meio Ambiente –  Documentos Internacionais
Palestrante da Empresa SIVIS – Sociedade Internacional de Vigilância Sanitária
12:00 às  12:30h - Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e a Nova Abordagem Verde da  Economia
Palestrante:  Eng. Gustavo Puppi – Assessor Chefe  - COMLURB
12:30h - 13:00h  Debates.
13:00h  Encerramento 1º dia. 

****************************************************************PROGRAMAÇÃO 2º Dia 
29.06.2011 – 4ª Feira
08:00h – 08:30h  - Welcome coffee
08:30h às  09:00h -  Arquitetura Sustentável  e economia verde
Palestrante: Guto Loureiro - Loureiro Arquitetura & Design
09:00h às 09:30h - Educação Ambiental na Empresa e Cidadania – Um Exemplo de Boa Interação com o Órgão Ambiental Rumo a Eliminação da Pobreza.
Palestrante: Pólita Gonçalves – Gerente de Educação Ambiental – GEAM, Diretoria de Gestão das águas e do Território – DIGAT,  Instituto Estadual do Ambietne - INEA
 09:30h às 10:00h -  Inovações Verdes na Produção de Produtos para Oral Care e Projetos Sócio-Ambientais
Palestrante: Dr.  Avelino Veit
10:00h – 10:15h -  Debates
10:15h – 10:30h Intervalo ambiental – Coffee break -  Participação especial com o palestrante motivacional Tony Lourenço
10:30h às  11:00h - Redes de Food Service e Práticas Sustentáveis
 Palestrante:  Dr.  Bruno Dayrell  - Rede SPOLETO
11:00h às 11:30h - Unidades de Conservação – Compensação Ambiental e Economia Verde
Palestrante:  Rafael Mussi – UFF/PIBS-FIOCRUZ 
11:30h às   12:00h - Política Nacional de Saneamento e Ações inovadoras na Gestão de Águas  - “wetlands
Palestrante:  Dr. Carlos Gontijo – Superintendente  da ÁGUAS DE JUTURNAIBA 
12:00h às 12:30h - Da RIO-92 À RIO+20  a Evolução do Conceito de Sustentabilidade
Palestrante: Luiz Paulo Corrêa da Rocha - Deputado Estadual –ALERJ
12:30h às  13:00h   Debates
13:00h  Encerramento  do 2º dia.  
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PROGRAMAÇÃO    Dia
30.06.2011 – 5ª Feira
08:00h -   Welcome Coffee
08:30h -09:00h -  Política Energética , Mercado de Carbono e Economia Verde
Palestrante:  Grupo ENDESA Brasil
09:00h às 09:30h -  Economia Verde e Regulação de Petróleo e Gás
 Palestrante: Dra. Lúcia Mª  de Araújo Lima - Agência Nacional do Petróleo - ANP
09:30 às   10:00h -   Debates
10:00h às  10:15h  Coffee break
10:15 às 10:30 - Intervalo Ambiental – Participação Especial com o Palestrante Motivacional Tony Lourenço
10:30h às 11:00h -           Forças Militares e Ações Socioambientais – Uma Contribuição  Para os Resultados da  Economia Verde
Palestrante: Ten.Cel. CAVALCANTI – CCOPAB
11:00h às  11:30h -  Cidades Sustentáveis e Economia Verde
Palestrante: Dra.  Elida Séguin – Defensora Publica
12:00h às   12:30h - Cenários e preparativos para a RIO+20  - a experiência da Cidade do Rio de Janeiro
Palestrante: Sérgio Besserman Vianna- Presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
12:30h às  12:45h   Debates
12:45h às  13:00h   -  Cerimônia de lançamento do FORUM EMPRESARIAL RIO+20
13:00h -    Encerramento  do Evento

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Palestra sobre Cana de Açúcar no IAB

O Instituto Eventos Ambientais - IEVA, realizará no próximo dia 12.04.2011, palestra no Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB. A palestra será ministrada pelo Dr. Gustavo Moura, um especialista em Política Agrária, ex-assessor de 02 Ministros da Agricultura e ex-diretor da CEPLAC. Durante o evento, estarão presentes 12 autoridades Chinesas, que também trabalham com Agricultura e com o setor sucroalcooleiro.
http://www.iabnacional.org.br/article.php3?id_article=1012

quarta-feira, 9 de março de 2011

Censo apresenta a evolução do mercado de PET no Brasil

Censo apresenta a evolução do mercado de PET no Brasil

03.02.11 - O Brasil é um dos maiores recicladores de PET do Mundo e o maior em aplicações para o material reciclado. Esses são alguns dos resultados que podemos encontrar na sexta edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil. A pesquisa é feita anualmente pela Associação Brasileira de Indústria do PET (Abipet), que traça um panorama do universo de empresas dedicadas à reciclagem do PET, número de empregos gerados, demandas para o produto reciclado e concentrações geográficas. Clique aqui e baixe a última edição da pesquisa em formato PDF.

Números da pesquisa mostram também que o Brasil utiliza todo o PET que recupera, além de ser o país melhor preparado para a reciclagem de deste material, tendo desenvolvido a maior variedade de aplicações para ele.

Durante o ano de 2009, por exemplo, o PET reciclado foi usado para diferentes fins como a produção de resina insaturada, tecidos, embalagens (para produtos alimentícios ou não) e tubos, entre outros. O público demonstra cada vez mais aceitação em usar produtos diversos derivados do PET reciclado, aumentando inclusive a percepção do mercado para os próximos anos.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Governo federal incentiva acordos setoriais para logística reversa

Representantes do Governo e da iniciativa público e privada contribuíram para apresentar propostas que ajudem a solucionar a problemática dos resíduos (Foto: Fecomercio) Em debate sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Lei Municipal dos Grandes Geradores, realizada dia 01 de fevereiro de 2011, na sede da Fecomercio - Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Silvano Silvério da Costa, afirmou que se o setor privado não apresentar propostas de acordos setoriais, o governo vai estabelecer as regras da logística setorial por decreto. “Está definido a instalação do Comitê Orientador da Logística Reversa para o dia 17 de fevereiro e a partir de então será definida a melhor estratégia de implementação da ação.” Os acordos setoriais, pela lei, são atos de natureza contratual entre o poder público, fabricantes, distribuidores, importadores ou comerciantes com a finalidade de implantar a logística reversa compartilhada.
Durante o evento realizado pelo Conselho de Sustentabilidade de Fecomercio, o secretário de Serviços do município de São Paulo, Dráusio Barreto, lembrou também que grandes geradores, tais como bares, restaurantes e comércio em geral de São Paulo, não podem dispor seus lixos para coleta pública. “Esses estabelecimentos tem que, obrigatoriamente, contratar serviços de coleta particular.“
Pela lei municipal, o grande gerador é o estabelecimento comercial que gere mais de 200 litros de resíduos por dia, além de condomínios não residenciais ou mistos. Segundo Barreto, a parcela dos empresários que fazem a coleta particular como manda a lei é muito baixa. O secretário do MMA afirmou que o Brasil gasta R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar o que pode ser reciclado.
E a partir desse ano, a Prefeitura irá multar em R$ 1 mil os grandes geradores que não fazem a destinação correta de resíduos. Havendo reincidência, a cidade pode interditar o estabelecimento por cinco dias, prorrogável por mais quinze, até a cassação da licença de funcionamento do estabelecimento comercial. Para o presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio, José Goldemberg, se gasta muito mais hoje do que se gastaria se o lixo tivesse recebido o destino correto desde o começo. “Há um período de 10 a 20 anos entre o problema que aparece e a solução que é criada.”
Grandes geradores como os shoppings centers estão se adequando à nova realidade. De acordo com o diretor presidente da Associação Brasileira de Shoppings Centers, Luiz Fernando Pinto Veiga, os novos empreendimentos já são construídos minimizando o custo energético, além de encampar o conceito reciclagem.
O gerente de mobilização do Instituto Ethos, João Gilberto Azevedo, sugeriu ao secretário Dráusio Barreto a criação de um cadastro das empresas que fazem a destinação correta do lixo e criar incentivo para essas empresas, semelhante ao que ocorre com a Nota Fiscal Paulista com os cidadãos de São Paulo. “A empresa sozinha não conseguirá fazer isso. Encontrar parceiros de negócio e criar uma rede ou um sistema será fundamental para que isso ocorra.
Para Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a logística reversa é uma mudança de paradigma para o consumidor também. “Não falamos mais apenas dos direitos, mas dos deveres e da responsabilidade do consumidor”, explica. Os consumidores que descumprirem as obrigações serão advertidos e no caso de reincidência haverá multas e punições. Gunn reforça, entretanto, que os fornecedores têm a responsabilidade de informar ao consumidor sobre o cumprimento da logística reversa e coleta seletiva instituídos. ( fonte: Revista Meio Ambiente Industrial)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os catadores lutam para serem incluídos na logística reversa

18/02/2011

MNCR acompanhou o lançamento do Comitê Orientador de Logística Reversa
Secretário Nacional Dr. Silvano, Ministra Izabella Teixeira e Catadores do MNCR

Acontece ontem em Brasília o lançamento do Comitê Orientador de Logística Reversa. O órgão será responsável da implementação da logística reversa das indústrias e comercio gerador de resíduos. A formação do Comitê é parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos sancionada em dezembro de 2010.
Estiveram presentes os Ministros Alexandre Padilha (saúde), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), além de representante do Ministério do desenvolvimento Agrário e de parlamentares.
Representantes do MNCR estiveram presentes e foram saudados pelos Ministros de Estado. “A logística reversa será também um instrumento de geração de renda para os catadores. Estamos evoluindo. Isso é sustentabilidade no dia-a-dia. Isso é mudança de comportamento", declarou Izabella Teixeira.
De acordo com a regulamentação da PNRS, a logística reversa tem por objetivo a implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A lei estabelece a obrigatoriedade de estruturação e implementação de sistema para as cadeias produtivas de agrotóxicos (seus resíduos e embalagem); pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes (seus resíduos e embalagens); lâmpadas fluorescentes (de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista); e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Além do MMA, o Comitê Orientador é composto pelos ministros da Saúde; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e da Fazenda.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A HISTÓRIA DOS RIOS TIJUCANOS - PARTE I

Por Alexandre Gontijo[1] 

Parque Nacional da Floresta da Tijuca

Durante esta série de artigos, abordaremos a história dos Rios mais famosos da Tijuca, realizaremos um tour através do tempo para recordarmos a importância destes cursos hídricos para a Cidade e Grande Tijuca.Se você fizer uma remessa no tempo a procura de  dados e maiores informações sobre a Grande Tijuca e adjacências, certamente encontrará  muita informação sobre alterações, traçado viário, histórias domésticas e muitas  outras  que instigam o leitor pela própria curiosidade.  Mas isto tudo não é o bastante para aguçar o nosso interesse pela descoberta de outras informações diferentes. 

Inicialmente, o próprio termo “tijuca”, deriva do tupi guarani clássico, (tiyug - líquido podre, lama, charco, pântano, atoleiro). Tal significado advém  dos diversos rios  e cursos d´água que surgem do topo do maciço que leva o nome do bairro e percorrem a região das baixas e deságuam no canal do mangue.  Neste local, a história de formação da Tijuca está eternamente gravada nas construções do Homem, nas grandes marcas da urbanização e nos diversos espaços naturais daquela floresta.   Tudo começou com o plantio de  cana de açúcar, café e chá naquela região. A Floresta da Tijuca, antes mesmo de se transformar neste paraíso que hoje está gravado como Unidade de Conservação,      uma vez que hoje é um Parque Nacional, protegido pela Lei Federal nº 9.985/00.  Parque Nacional da Tijuca
A Tijuca nasce às margens do Rio Trapicheiro, em uma área onde os  jesuitas edificaram uma igreja, a de São Francisco Xavier. 


 Igreja de São Francisco Xavier, edificada de 1582 a 1585, entre o rio Trapicheiro e o Morro da Babilônia, no Engenho Velho ou Engenho Pequeno, propriedade dos padres jesuítas.
 
Com o decreto de expulsão da Companhia de Jesus do Brasil em 1759, o território se transformou. Os bens da ordem religiosa foram sequestrados e incorporados aos bens públicos. Surgiram logo chácaras e fazendas de abastadas famílias brasileiras que procuravam a região para fugir do calor e das epidemias do centro da cidade.
Os engenhos e grandes sesmarias margeavam a cidade do Rio de Janeiro e o cultivo do café e do chá nos morros tijucanos recebeu grande destaque naquela época. O plantio da cana-de-açúcar demandava infra-estrutura e uma modificação exercida pelo homem já ganhava contornos, pois o rio Trapicheiro teria seu curso desviado a fim de melhor abastecer o Engenho Velho. A ocupação portuguesa no recôncavo da Guanabara era mesmo promovida pelos jesuítas que ainda detinham a função de abastecer a zona central da cidade com alguns produtos alimentícios.(AZEVEDO & RIBEIRO, 2009).
Mais tarde, já no final do Século XIX a área dos grandes cafezais foi objeto de um grande incêndio, também provocado por um período de seca, que tornou todas as fazendas e engenhos improdutivos.   Após este triste evento, em 1861 iniciou-se uma itensa intervenção do Homem no Maciço da Tijuca. Conduzida  sob a direção do Major Manuel Gomes Archer, que durante 13 anos plantou mais de 80 mil árvores nativs e exóticas. Tal ação foi sucedida pelo administrador Thomás Nogueira da Gama,  que durante 25 anos recuperou as matas do Sumaré e das Paineiras, tudo isto por encomenda do Imperador Pedro II, dando início a um processo de reflorestamento completo de toda a área da floresta da Tijuca.

Major  Manuel Gomes Archer

 Portanto, verifica-se que há mais de dois séculos atrás, tivemos em nossas mãos uma prova robusta de que é possível a recuperação natural de uma área desmatada mediante ações humanas de reflorestamento. 
Se não  bastassem estas peculiaridades, a Tijuca ainda guarda remanescentes da época da escravidão, como áreas onde são encontrados  antigos sítios arqueológicos, senzalas desativadas e até mesmo construções da época em que o óleo de baleia e a argila eram o elemento de liga para as pedras portuguesas que contribuíram para a edificação dos engenhos e casario daquela época.  Foi às margens do Rio Maracanã (nome atribuído em razão da ocorrência de uma maritaca denominada Ara maracana, hoje quase não mais vista na região.)

Ara maracana


que muitas áreas da grande Tijuca foram nascendo. Ele era até mesmo navegável, fato que pode ser comprovado por um cais que até hoje é encontrado nos fundos do casarão da Rua Garibaldi esquina com Conde de Bonfim, local onde é encontrada o Centro de referência da Música Popular Carioca. (OLIVEIRA,2009).  Se não bastasse isto, até hoje podemos encontrar, em lugares como na Usina e Muda, casas que ainda mantêm  nos fundos, pequenos degraus onde as lavadeiras desciam até o Rio Maracanã para lavar roupas e fazer uso das águas limpas deste bucólico curso hídrico.

 Rio Maracanã – 1916 ( OLIVEIRA, 2009)

 O Rio Maracanã é um importante contribuinte da bacia do canal do mangue, e durante muitos anos forneceu água para a Cidade do Rio de Janeiro, chegou, inclusive a abastecer as represas que hoje se encontram no interior do Parque Nacional da Tijuca.  Outro importante rio da região foi o Andaraí  Pequeno, ou atualmente denominado Rio Joana. Este rio também foi um importante contribuinte para a formação histórica da Tijuca. Seu nome tem origem tupi, que significa “Rio dos morcegos”.  A região do Andaraí Grande, era formada pelos bairros da Tijuca, Andaraí, Vila Isabel,Aldeia Campista e antiga Freguesia do Engenho Velho.
 Às margens do  Rio Joana muitos empreendimentos  surgiram, principalmente pequenos trapiches, e grandes fábricas têxteis e de papel.  A formação e ocupação  urbana do local se desenvolveu em razão das vilas operárias que  foram construídas  por estas empresas, que mais tarde deram inicio a ocupação das encostas e morros do local. 
Dedicaremos vários outros artigos ao histórico dos Rios Tijucanos e neste artigo falaremos do rio que margeia a Praça Saenz Pena: o Rio Trapicheiros, que  nasce também no maciço da Tijuca e deságua na bacia do canal do Mangue.
Sua maior representatividade com o local foi na área da praça Saenz Pena, onde também são encontrados traços antigos de escadas de acesso e áreas de lavagem de roupa.  Estes três rios tijucanos, são hoje principais contribuintes da bacia hidrográfica do canal do mangue, que está localizada na Praça da Bandeira. Naquele local, além dos Rios Maracanã, Joana e Trapicheiros, também deságuam os Rios Comprido, (que nasce no alto do Sumaré e percorre toda a av. Paulo de Frontin), o Rio Papa couve, ou coqueiros, que nasce no morro da coroa no catumbi e passa por debaixo do sambódromo e deságua no canal do mangue, e o próprio canal do mangue, que era formado basicamente de brejos, várzeas, pântanos, lagunas, manguezais, que faziam ligação com a Baía de Guanabara pelo antigo estuário de São Diogo, que recebia todos os dejetos da área central da Cidade.  Observando estes cursos hídricos, comprovamos que o problema de alagamento da Praça da Bandeira, além de histórico, é, também, geográfico.  Afinal, naquele local deságuam vários cursos hídricos que nascem nas encostas do Maciço da Tijuca. A praça Saenz Pena é a princesinha da Tijuca, com seus encantos, características e tom bucólico, principalmente em razão de sua origem, às margens do Rio Trapicheiro.

Rio Trapicheiro

 A ocupação da área da Praça Saenz Pena foi estimulada pela construção da antiga Fábrica de Chitas. é um  tecido de algodão com estampas de cores fortes, geralmente florais, e tramas simples. O nome chita vem do sânscrito chintz  e surgiu na Índia medieval e conquistou europeus, antes de se popularizar no Brasil.
 O Largo da Fábrica das Chitas era localizado no entroncamento do Caminho do Andaraí Pequeno, hoje Rua Conde de Bonfim e a Travessa do Andaraí, que foi aberta em 1820 nos terrenos das Chácaras do Barão de Bonfim, de Izabel Martins e de Dona Maria Bibiana de Araújo, que levava à Fábrica. Esta rua antes se chamou


 Fábrica de Chitas
 Rua da Fábrica de Chitas e atualmente é a Rua Desembargador Isidro.  O local ainda foi cenário de diversos períodos políticos e é um marco no estilo art déco. Os cinemas da região também marcaram o histórico da Praça. Ali foi edificado o famoso Cinema Olinda, o maior do Brasil, com espaço para 3.500 pessoas e estava localizado onde hoje encontramos o atual Shopping 45.

Cinema Olinda

Para quem nasceu até a década de 60, fácil é  se recordar  dos bordejos do Café Palheta e do famoso coreto que encantava aquela Praça, que ganhou o nome de um presidente argentino.
Inauguração da Praça Sãenz Peña
 O Comércio em seguida, tomou conta do espaço, e, lastimavelmente os cinemas foram tomados por igrejas evangélicas e grandes lojas, farmácias, etc...
Estudar os rios tijucanos é rememorar o prazer lúdico, e observar atualmente como a expansão imobiliária e a irregular ocupação do solo urbano descaracterizou o local.   Um importante dado que contribuiu em muito para a conservação da floresta da tijuca, foi a importância atribuída por Pedro II à conservação dos cursos hídricos da Cidade.
Se você leitor desejar acessar o vídeo sobre as atuais condições destes rios, CLIQUE AQUI  e ajude-nos a conservar os Rios da Tijuca.

Seja um parceiro do INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA.
No próximo número, falaremos sobre o Rio Joana, e suas peculiaridades.
 
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO. Luiz Eduardo Maciel de. & RIBEIRO, Miguel Ângelo. “ A presença da Imigração Portuguesa no bairro da Tijuca – RJ.”
CUNHA, N. V. História de Favelas da Grande Tijuca contadas por quem faz
parte delas. Ed. IBASE e Agenda Social Rio. Rio de Janeiro, 2006.
CARDOSO, E.D. et al (1984): História dos bairros – Tijuca Grupo de Pesquisa
em Habitação do Solo Urbano – PUR – UFRJ. Rio de Janeiro: João Fortes
Engenharia / Index Editora.
CARRERA, Francisco. Cidade Sustentável – Utopia ou Realidade. Ed. Lumen Juris. 2005.
OLIVEIRA. Lili Rose Cruz. Tijuca de Rua em Rua. Ed. Estácio de Sá. 2009.



 




[1]    Alexandre Gontijo é  Gestor de Negócios Empresariais, Presidente do INSTITUTO EVENTOS AMBIENTAIS – IEVA
e-mail: Alexandre.gontijo@globo.com   ( cel: 21-91268248)